
Sobre
Comecei a escrever por volta dos doze anos — primeiro poesia, depois contos e romances —, impulsionado por um gosto literário sempre eclético. Interesso-me por literatura inglesa, japonesa, russa, dentre outras; por ficção científica; por comics e mangás.
Há alguns anos, tentei publicar meus escritos, mas sem sucesso. O processo era caro e frustrante, especialmente para a poesia, que desperta pouco interesse no mercado editorial — e no público. Meus textos também fogem dos padrões convencionais, o que os torna menos comerciais. Mesmo assim, decidi trazê-los para este espaço, em formato digital.
Por muito tempo, hesitei em publicar, influenciado por um trecho de Amor e Lixo, do escritor húngaro Ivan Klíma, onde ele menciona que tudo o que cresce neste mundo é o movimento desnecessário de coisas, palavras, lixo e violência. Por anos, essa reflexão me paralisou — eu não tinha vontade, tampouco energia, de adicionar palavras à pilha desordenada de informações que já consome o mundo. Com o tempo, porém, percebi que a escrita também é uma forma de resistência, um gesto contra a efemeridade e o esquecimento.
Para além da literatura, sou psiquiatra clínico, terapeuta EMDR e Brainspotting (métodos voltados ao tratamento de traumas psicológicos) e, ao longo de minha carreira acadêmica, atuei na interseção entre saúde mental e inteligência artificial.